Polícia Científica apresenta vestígios de cena de crime e equipamentos, na orla de Caiobá, no litoral do Paraná 30/12/2019 - 13:40

Olhos atentos e curiosos! Assim estavam os veranistas que passaram no fim da tarde de domingo (29/12) pela orla de Caiobá, na cidade de Matinhos, no litoral do estado, ao se depararem com algo nada comum durante um passeio na praia: uma demonstração com elementos que podem ser encontrados em uma cena de crime e análises microscópicas reais da Polícia Científica do Paraná. A ação que chamou a atenção à beira mar tem o objetivo de esclarecer à sociedade quais são os trabalhos desempenhados pela Polícia Científica e será colocada à disposição da população em momentos específicos durante a temporada.

Nas atividades demonstradas, possíveis vestígios de cenas de crimes como sangue, tecido humano, fio de cabelo, digitais e insetos, estavam em uma área de isolamento e identificados por placas numeradas para facilitar a visualização e marcar cada item. Os elementos estavam disponíveis em microscópios para análises do público que passava pela orla. Uma das demostrações de perícias que mais despertou o interesse dos visitantes da ação foi a de entomologia forense, ou seja, através dos insetos que estão decompondo o cadáver é possível precisar há quanto tempo o corpo está no local.

A turista Camila Venzke de 31 anos, sempre se interessou por assuntos na área de criminalística. Ela participou das demonstrações e aproveitou a ocasião para  entender um pouco sobre as atividades de um perito criminal. “Quando eu encontrei o pessoal da Polícia Científica aqui na praia, eu vi uma oportunidade de entender bem de perto como é que funciona. É uma oportunidade que eu não tinha tido antes”, relatou.

Camila ainda contou que gostou tanto, que pensa na possibilidade de tornar-se uma perita criminal. “O mais legal foi poder ter contato com um profissional da Polícia Científica e esclarecer, mesmo que rapidamente, algumas dúvidas. As demonstrações foram um estágio inicial para eu começar a pesquisar mais sobre o tema e, quem sabe, buscar realmente a carreira para a minha vida”.

Para o perito criminal e Coordenador do Verão Maior pela Polícia Científica, Michel Rodrigues, é de extrema importância que a instituição esteja cada vez mais próxima da população. “A Polícia Científica não é apenas o IML (Instituto Médico Legal), também é composta pelo Instituto de Criminalística. Nós temos uma estrutura de laboratórios forenses, que envolvem profissionais de várias áreas em um único caso, e é necessário que as pessoas tenham o conhecimento do trabalho realizado por nós”, contou.

Além das atividades rotineiras da Polícia Científica, a corporação estará presente no litoral do Paraná durante o Verão maior, promovendo, esporadicamente nos finais de semana, demais ações a fim de transmitir  informações e esclarecimentos aos veranistas. “Teremos atividades para os adultos, mas principalmente para os jovens e crianças, por meio das quais buscamos conscientizar e passar informações de como é nosso trabalho”, afirmou o Coordenador do Verão Maior pela Polícia Científica.

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