Polícia Científica realiza capacitação de Perícia em Informática 26/09/2014 - 18:30

A Polícia Científica do Paraná encerrou, nesta sexta-feira (26), o nível básico do curso de Perícia em Informática, realizado em parceria com a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp). A capacitação foi fornecida para 25 peritos criminais de 13 estados brasileiros e ocorreu no bloco de formação de oficiais da Academia Policial Militar do Guatupê, em São José dos Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba.

Para o diretor do Instituto de Criminalística, Hemerson Bertassoni, o Paraná ser conhecido nacionalmente pelos serviços na área de computação forense colaborou para o curso ser sediado no Estado. “Para nós, é uma satisfação o Paraná receber este curso, tendo em vista que somos referência em computação forense. A Senasp escolheu nosso Estado e nossos professores, dentre todas as outras opções, para fornecer o curso e isso me deixa muito feliz. Isso mostra que temos um setor comprometido com a causa pericial. Aguardamos agora o prestígio nacional desta capacitação”, avalia.

De acordo com o coordenador do curso, o perito paranaense Luiz Rodrigo Grochocki, profissionais de diversas regiões do País estão recebendo a capacitação. “O Paraná é um dos estados que é referência em computação forense no Brasil. Este primeiro curso de nivelamento em computação recebeu peritos de 13 estados que tiveram aulas sobre os procedimentos operacionais padrão, lançados pela Senasp, e um treinamento básico para a identificação, coleta, preservação, processamento e análise de vestígios cibernéticos”, conta.

Grochocki comentou que a realização do curso no Estado é resultado do trabalho desempenhado pela unidade. “É fruto do trabalho da Polícia Cientifica do Paraná, que conta com um corpo técnico especializado. Além disso, recentemente recebemos um investimento significativo na seção de computação forense, com equipamentos para dar maior eficiência e qualidade nos serviços da instituição”, afirma.

O perito também ressaltou a relevância da abordagem do tema, que cada vez mais colabora com o processo de elucidação de crimes. “A partir de uma pesquisa percebemos que os crimes cibernéticos são uma fonte riquíssima de informação no ambiente computacional. Foi descoberto pelo levantamento que 96% das pessoas se comunicam por meio do ambiente cibernético. Entre os outros 4%, metade usa a telefonia móvel, por meio de um dispositivo computacional. Isso mostra que ela é uma fonte riquíssima de informação tanto para a investigação quanto para a perícia, e muitos crimes podem ser solucionados com a computação forense”, explica.

PARCERIA – O curso é fruto de uma parceria entre a Polícia Científica do Paraná e a Senasp, com duração de uma semana. Dentre os temas abordados estavam o de Identificação de Equipamentos e Mídias; Preservação e Coleta; processamento e Análise de evidências e Apresentação de Resultados.

Do total dos 25 peritos criminais, três eram do Paraná (dois de Curitiba e um de Londrina). Integraram o curso representantes dos estados do Amapá, Santa Catarina, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Rio de Janeiro, Roraima e São Paulo.

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