Seção de Genética Molecular Forense realiza curso de coleta de vestígios biológicos em materiais provenientes de locais de crime 11/12/2023 - 17:05

A Polícia Científica do Paraná realizou nos dias 5 a 8 de dezembro, curso de coleta de vestígios biológicos em materiais provenientes de locais de crime. O curso oferecido aos servidores teve como objetivo a promoção e integração entre as Seções de Localística da capital e interior do estado e a Seção de Genética Molecular Forense (SGMF), visando o aumento de inserções de perfis genéticos oriundos de vestígios de local de crime no Banco Nacional de Perfis Genéticos (BNPG), bem como a busca pela parceria na construção de Procedimento Operacional Padrão para a coleta de vestígios em local de crime e o correto encaminhamento das amostras à SGMF, otimizando o trabalho pericial.

O curso foi ministrado pelos peritos da SGMF: Marianna Maia Taulois do Rosário, Danilo Garcia Sanchez, Halina Linzmeier Heyse, Juliane Carlotto, Luciellen D’Avila Giacomel Kobachuk e Leonardo Arduino Marano.

Foram abordados diversos temas como exames preliminares realizados na Seção de Genética Molecular Forense; pesquisa de sangue e sêmen; DNA de toque: características, diferentes substratos, técnicas de coleta e estudos de caso; Rede Integrada de Banco de Perfis Genéticos (RIBPG); conhecer os exames preliminares realizados na Seção de Genética Molecular Forense; reconhecer manchas de sangue e sêmen em diferentes substratos através da observação ao olho desarmado e com a utilização do tablet multiespectral forense; demonstrar a aplicação de luminol; discutir sobre resultados falso-positivos da reação do luminol; conhecer as principais características e realizar a coleta de amostras do DNA de toque em diferentes substratos; discutir sobre a obtenção de perfis genéticos viáveis a partir da coleta de DNA de toque através da análise de artigos científicos e estudos de caso; conhecer os critérios de admissibilidade de perfis genéticos na RIBPG e estudos de caso.

O curso ocorreu na UETC Tarumã e foi divido em quatro turmas com a participação de 35 pessoas, entre inscritos e ouvintes. Além da participação dos integrantes da Seção de Localística, também participaram servidores do setor de protocolo e da divisão de custódia de vestígios.

“O curso foi importante para realizar a integração entre os peritos de diferentes setores, dentre eles os que atuam em local de crime e em laboratório, buscando a padronização nas coletas e envio de vestígios ao laboratório de genética para o aprimoramento da qualidade do trabalho pericial”, disse a perita criminal Halina Linzmeier Heyse.

RIBPG – A Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos, instituída pelo Decreto nº 7950/2013, foi criada com a finalidade principal de manter, compartilhar e comparar perfis, a fim de ajudar na apuração criminal e/ou na instrução processual. A rede nacional já computa mais de 136 mil amostras divididas em diversas categorias. As principais são as de vestígios de locais de crimes, de referências de pessoas

Fazem parte da rede 20 laboratórios estaduais, um distrital e um laboratório da Polícia Federal que compartilham os perfis. Eles alimentam rotineiramente o banco nacional, gerenciado de acordo com as diretrizes estabelecidas por um comitê gestor de especialistas e representantes de diferentes instituições, coordenado pelo MJSP.

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